Uma urgência silenciosa e estratégica.
Este conteúdo é um compilado dos principais aprendizados e provocações compartilhados na palestra promovida pela Conexa para a FESP (Federação das Unimeds do Estado de São Paulo).
Participantes
🎙
Izabella
Camargo
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Maria
Barreto
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Rui
Brandão
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Gabriel
Garcez
A saúde mental, frequentemente considerada um tema periférico, precisa ocupar um lugar central nas estratégias de gestão em saúde. Evidências clínicas e econômicas demonstram que o sofrimento psíquico não tratado impacta diretamente o uso inadequado da rede assistencial, eleva os custos operacionais e fragiliza a continuidade do cuidado. Investir em programas estruturados de saúde emocional é uma medida que combina desfecho clínico com eficiência financeira, contribuindo para a sustentabilidade de todo o sistema.
A dor emocional raramente é identificada de imediato. Muitas vezes, ela se apresenta sob a forma de sintomas físicos inespecíficos, levando a um uso inadequado dos recursos da rede.
O resultado? Exames, medicações e internações desnecessárias.
"Quantas vezes eu recebi pacientes com dor no peito, que faziam vários exames, e no fim era uma crise de ansiedade."
Gabriel Garcez
R$ 1 investido em saúde mental = R$ 1,50 economizado na emergência física
Quadros de somatização emocional respondem por uma parte significativa do desperdício assistencial, ao gerar exames e intervenções que não endereçam a causa primária do sofrimento.
"O emocional não tratado vira custo no físico."
Maria Barreto
A adoção de tecnologias de acolhimento remoto tem ampliado a resolutividade da linha de frente. O Pronto Atendimento Digital da Conexa, integrado à FESP, atua como uma estratégia eficaz de triagem, acolhimento e contenção de agravos.
"Hoje temos o Pronto Atendimento online aqui na Conexa. Conseguimos resolver 95% das demandas que chegam, e os 5% restantes conseguimos direcionar corretamente."
Maria Barreto
Além da eficiência logística, essa estrutura favorece a identificação precoce de quadros graves: “Chegamos a ter de quatro a cinco casos de risco de suicídio por semana. Isso nos levou a revisar protocolos e redesenhar o acolhimento”, afirmou Garcez.
A Conexa desenvolveu um protocolo específico para urgências emocionais, com fluxos assistenciais estruturados:
Como funciona o fluxo
de urgência emocional
"Hoje temos rotinas específicas para essas situações. O médico não está mais sozinho. Ele tem suporte técnico, psicológico e social para tomar as decisões corretas."
Gabriel Garcez
Estima-se que 40% das grandes empresas no Brasil já invistam em programas estruturados de saúde mental, com ações voltadas à liderança, prevenção e adesão. Esses investimentos não são apenas uma tendência de RH, mas se mostram estratégicos do ponto de vista da sustentabilidade assistencial. Garantir que o cuidado emocional comece dentro da empresa é uma forma importante de redução de custos e promoção de saúde.
"A mudança de cultura só acontece quando a liderança dá o exemplo. E isso vale para saúde mental também. Não estamos apenas olhando para o assistencial, estamos olhando para o organizacional."
Rui Brandão
Se o tratamento terapêutico e psiquiátrico já está coberto pelo plano de saúde, por que razão as empresas seguem investindo em programas estruturados de saúde mental?
Além da eficiência logística, essa estrutura favorece a identificação precoce de quadros graves: “Chegamos a ter de quatro a cinco casos de risco de suicídio por semana. Isso nos levou a revisar protocolos e redesenhar o acolhimento”, afirmou Garcez.
Algumas singulares da FESP, inclusive, já estão coconstruindo com a Conexa e com as empresas clientes planos personalizados de psicoeducação e tratamento, agregando valor para as áreas de RH e de saúde corporativa e reduzindo custos por meio da promoção de saúde.
O que sustenta a robustez do nosso modelo assistencial.
Se por um lado a cultura, a liderança e os dados são alicerces da transformação, por outro é preciso garantir que o modelo assistencial de saúde mental tenha estrutura, critério clínico e capacidade de gerar desfecho real, para que, assim, todas as pontas sejam amarradas e os objetivos sejam trabalhados em conjunto.
Na Conexa, isso começa por uma abordagem baseada em stepped care, através da ferramenta SRQ20, (Self-Reporting Questionnaire-20). Desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para rastreamento de transtornos mentais comuns, como ansiedade e depressão, especialmente em contextos de atenção primária, o SRQ20 é validado no Brasil, e amplamente utilizado em estudos epidemiológicos e programas de saúde pública.
Deste modo, através dessa
metodologia é possível:
Escalonar o cuidado
Balizar o nível de suporte de acordo com a maior gravidade clínica
Oferecer caminhos breves para quadros leves, reduzindo desperdício de recursos.
Isso assegura que cada beneficiário receba o cuidado adequado à sua necessidade, promovendo equilíbrio entre efetividade clínica e eficiência e acompanhamento da evolução clinica populacional.
Nesse processo, a ferramenta SRQ-20 atua como um aliado estratégico. Sua aplicação permite uma estratificação de risco mais precisa, além de oferecer uma métrica objetiva para acompanhar a evolução clínica e direcionar planos de ação para populações específicas.
Essas informações abastecem nossos comitês técnicos de saúde mental, que reúnem especialistas de saúde com visão clínica e populacional. Nesses fóruns, são discutidos os resultados e estratégias de atuação direcionada visando melhorar o cuidado, prevenir agravamentos garantindo assim uma gestão ativa da carteira de beneficiários.
O resultado é:
"Temos que sair da lógica do dado pelo dado. O dado tem que ser útil para gerar desfecho clínico, não só para encher dashboard."
Rui Brandão
Diante de todos os pontos abordados, é possível afirmar que os desafios da saúde mental não podem ser enfrentados apenas com boa vontade ou ações isoladas. Eles demandam uma atuação assistencial intencional, conectada à estratégia de negócio das operadoras.
Ao analisar o impacto do sofrimento emocional sobre o uso dos serviços, os custos evitáveis e o desperdício de recursos, torna-se evidente que cuidar da saúde mental não é apenas uma questão de responsabilidade social — é um imperativo de sustentabilidade.
Isso exige um modelo estruturado de cuidado que inclua protocolos, dados, indicadores, fluxos e articulação entre os diferentes níveis da rede. Exige também uma atuação transversal, em que lideranças, áreas de saúde e RH estejam alinhadas em torno do mesmo objetivo.
A Conexa tem desenvolvido esse modelo ao lado das singulares da FESP e de empresas clientes, com soluções que combinam qualidade clínica, gestão populacional, abordagem preventiva e acompanhamento ativo. Tudo isso ancorado em evidências, ferramentas validadas e visão de desfecho.
"Se construirmos juntos, com escuta, compromisso e personalização, conseguimos promover mudanças reais e sustentáveis."
Maria Barreto
Transformar o cuidado em saúde mental é, portanto, uma decisão estratégica. É alinhar propósito com resultado.
Com programas de:
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