

Este conteúdo é uma adaptação do webinar realizado em 12/11/2025 por Conexa & Zenklub.

Participação

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Izabella Camargo
Jornalista e especialista em comunicação em saúde (mediação)

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Maria Barreto
VP Comercial da Conexa

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Gabriel Garcez
Médico e VP de Saúde Física da Conexa
O ponto de partida da conversa é direto: as empresas já sentiram que o modelo atual chegou no limite.
Plano de saúde continua sendo um dos três maiores desejos do brasileiro, mas só cerca de 25% da população tem acesso a esse benefício. Ao mesmo tempo, entre 2015 e 2025, o reajuste acumulado dos planos chegou a 383,5%, avançando muito acima da receita média das empresas. O plano vira o segundo maior custo da folha, perdendo apenas para salários.
Do outro lado, o cuidado oferecido é fragmentado. O colaborador navega por médicos, exames, programas de bem-estar, benefício emocional, canais avulsos. Cada um resolve um pedaço, mas ninguém coordena a jornada. Resultado: exames duplicados, condutas desconectadas, experiências ruins e uma sensação frequente de “gastei mais, mas não sei se cuidei melhor”.

"O problema não é falta de investimento. É falta de resultado."
Maria Barreto
A inflação médica ainda gira na casa de 10% a 20% ao ano, pressionando operadoras e empresas. Internações seguem respondendo por cerca de metade do custo assistencial, e uma parcela relevante dos sinistros ainda está ligada a fraudes, desperdícios e erros administrativos.
Por trás dos números, há uma cultura hospitalocêntrica consolidada. Muitos brasileiros aprenderam que “sentiu algo, vai ao pronto-socorro físico”. Hoje, cerca de 10% das pessoas vão pelo menos uma vez por mês ao PS presencial, enquanto a saúde digital representa apenas 1,5% do uso total — mesmo sendo, muitas vezes, a porta mais resolutiva e sustentável.
Com 2026 batendo à porta, RH, Saúde Ocupacional e lideranças já sabem que não dá para encarar o próximo ciclo apenas “renegociando reajuste”. É preciso mexer no modelo de cuidado: menos improviso, mais estratégia.
A fragmentação com uma cena comum:
Em poucos meses, o mesmo exame é feito três vezes, sem ganho real de cuidado. Isso vale para exames, consultas, encaminhamentos e, muitas vezes, até para afastamentos.
A lógica é a mesma em escala populacional:

"Não é o cartão do plano que cuida. É a forma como coordenamos a jornada do colaborador."
Gabriel Garcez
Sem coordenação, o sistema recompensa volume, não desfecho. O custo explode e a saúde não acompanha.
O hospital é essencial para quadros graves e de alta complexidade. Mas, na prática, grande parte da demanda que chega ao pronto-socorro físico poderia ser resolvida antes, em canais mais adequados.
Um dado que vira chave na conversa: uma consulta no pronto atendimento digital pode ser 10 vezes mais barata do que no pronto-socorro físico. A pergunta inevitável é: se é mais barato e mais cômodo, por que ainda se usa tão pouco?
Porque não basta oferecer o canal digital. É preciso:

"Não é sobre substituir o físico. É sobre usar o digital como primeira porta sempre que fizer sentido e guardar o hospital para quando ele é, de fato, necessário."
Izabella Camargo
Uma das resistências mais comuns é a dúvida: “Mas resolve mesmo?”.
Na prática da Conexa, o Pronto Atendimento Digital apresenta cerca de 94% de resolutividade. Em cada 100 pessoas que entram, 94 têm seu problema resolvido no próprio canal digital. As demais são encaminhadas com segurança para o atendimento presencial, quando há sinais de gravidade ou critérios clínicos específicos.
Antes de aprender “como resolver à distância”, os médicos são treinados para reconhecer o que não pode ser resolvido apenas no digital. A premissa é clara: a segurança do paciente vem antes de qualquer inovação.
Outro ponto-chave é o uso de tecnologia para melhorar a experiência clínica:

"Quando a tecnologia escreve por mim, eu posso voltar a fazer o que mais importa: estar presente para o paciente."
Gabriel Garcez
Uma preocupação recorrente de RH e gestores é que o acesso fácil ao digital aumente os pedidos de atestado e absenteísmo.
O case compartilhado vai na direção oposta. Em uma empresa varejista com mais de 20 mil colaboradores, a análise mostrou que:
Ao mesmo tempo, o NPS (índice de satisfação) do pronto atendimento digital da Conexa fica na faixa de 86–88 pontos, enquanto a média dos hospitais físicos gira em torno de 50 pontos.
Ou seja: é possível reduzir o tempo de afastamento e manter (ou aumentar) a satisfação das pessoas. A diferença está em protocolo, treinamento e governança clínica – não no meio digital ou físico em si.
O Hospital Conexa foi uma forma prática de sair da fragmentação e construir uma porta única de entrada para a saúde do colaborador.
Na prática, ele reúne:
1. Acolhimento e triagem
2. Atendimento
3. Cuidado coordenado
4. Incentivos alinhados

"Engajamento não acontece no app. Ele acontece na cultura, na comunicação e na confiança que os colaboradores têm nos canais."
Maria Barreto
Em um dos casos de sucesso, 65% da demanda foi migrada para o digital, com impacto direto no custo do sinistro per capita e na experiência do colaborador.
O convite para quem cuida de pessoas nas empresas é trocar a pergunta “será que funciona?” por “como eu lidero essa transição com responsabilidade?”.
Isso significa:

"Ao invés de investir tempo na resistência, invista tempo no seu papel de protagonista dessa mudança."
Izabella Camargo
Sua empresa tem uma porta única de entrada para saúde (digital) ou o colaborador ainda precisa “se virar” entre vários canais?
O pronto atendimento digital já é comunicado como primeira opção para baixa e média complexidade?
Os incentivos (coparticipação, benefício medicamento, descontos) favorecem o uso do digital?
Medicina assistencial e medicina do trabalho trocam informação de forma estruturada?
Você monitora indicadores como uso do PS físico vs digital, internações evitáveis, tempo médio de afastamento e NPS?
Se alguma resposta for “não”, é sinal de que ainda há espaço para transformar o modelo.
Objetivo: unir acesso, cuidado contínuo e gestão inteligente em uma única estratégia.
🤝 Converse com especialistas: contate os consultores de saúde da Conexa & Zenklub para desenhar um modelo adequado à sua empresa.
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⚖️ Conecte saúde digital, NR-1 e bem-estar: trate tudo como parte de uma mesma estratégia de gestão de riscos e de pessoas.

